14 junho, 2015

"Tribuna Paulista"


Hoje, um poema de minha autoria escrito para uma de minhas aulas de Literatura. A tarefa era entregar algo nos moldes da 3ª geração do Romantismo - o Condoreirismo -, ou seja, com uso frequente de hipérboles e vocativos, além de uma clara aspiração pela liberdade. Espero que gostem:

Tribuna Paulista

Meu Juiz da justa causa,
mostra-me o arco! mostra-me a lança!
mostra-me a fé! mostra-me a esperança...

Pois cá onde todos nada têm,
onde os sinos badalam e som nenhum vem,
onde os ventos suspiram à alma a tristeza,
onde as sombras desfiguram a forma e a beleza.

Meu Juiz d' olhar dourado,
ensina-me a fala! ensina-me a ver!
ensina-me o canto! ensina-me a ser...

Pois na terra da garoa onde o céu já não é gentil,
onde as estrelas um cenário penduradas a fio,
onde habitam os abutres negros da impunidade,
onde a morte notícia duma mera trivialidade.

Meu Juiz que vê e alcança,
responde-me somente:
"O que há do outro lado do espelho?" 

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