01 maio, 2015

Resenha: O Silmarillion, por J. R. R. Tolkien

O SILMARILLION

           por J. R. R. Tolkien

ISBN: 9788578271268
Tradução: Waldea Barcellos
Ano: 2009
Páginas: 480
Editora: Martins Fontes
Pontuação:
 
O Silmarillion, relata acontecimentos de uma época muito anterior ao final da Terceira Era, quando ocorreram os grandes eventos narrados em O Senhor dos Anéis. São lendas derivadas de um passado remoto, ligadas às Silmarils, três gemas perfeitas criadas por Fëanor, o mais talentoso dos elfos. Tolkien trabalhou nesses textos ao longo de toda a sua vida, tornando-os veículo e registro de suas reflexões mais profundas.
 
O SILMARILLION foi uma obra póstuma de J. R. R. Tolkien publicada em 1977, organizada pelo seu filho, Christopher Tolkien. Muito antes da publicação de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, Tolkien escreveu os primeiros escritos da obra, mas somente dos meados de 1950 até o fim de sua vida trabalhou arduamente para a conclusão de cada uma das 5 partes da mitologia: Ainulindalë (A Música dos Ainur), Valaquenta (O Relato dos Valar), Quenta Silmarillion (A História das Silmarils), Akallabêth (A Queda de Númenor) e Dos Anéis do Poder e da Terceira Era.

DE AINULINDALE
No início havia Eru Ilúvatar, o Único, e de seu pensamento gerou os Ainur, também chamados de Valar, os Poderes do Mundo. Juntos, antes do surgimento de todas as coisas, compuseram suas músicas e, em harmonia progressiva, Eru propôs a Música Magnífica. 

Entretanto, em meio à melodia e harmonia da música, havia Melkor, o mais poderoso dos Valar, que tentava sobrepor sua voz ao dos companheiros, numa dissonância estridente na qual Ilúvatar levantou, compondo outros temas belos e profundos porém tristes. E então a Música cessou num acorde profundo como o Abismo.

DE VALAQUENTA 
Ilúvatar, o Único, permitiu aos Ainur que decidissem por permanecerem nas Mansões Eternas do Eä ou partissem para Arda, o Mundo Material, onde haviam de criar o que viram na breve visão da Grande Música. Portanto, aqueles espirítos que enamoraram o que viram, desceram: dentre estes havia os mais poderosos, chamados Valar, e seus vassalos, chamados Maiar.

http://www.deviantart.com/art/El-Canto-de-Yavanna-269480404Sete foram os Valar e sete foram as Valier. E, dentre estes, Aratar, os Enaltecidos, eram aqueles que se destacavam por terem maior prestígio e poder: Manwë, o Rei de Arda e Senhor dos Ares; Varda, a Rainha de Arda e Senhora das Estrelas; Mandos, o Senhor dos Mortos; Ulmo, o Senhor das Águas; Aulë, o Senhor da Terra; Yavanna, a Senhora da Natureza; Oromë, o Domador de Bestas; Nienna, a Senhora das Lágrimas. 

Já os Maiar estão presentes na Terra, Água ou Ar em números incontáveis, mas dentre estes destacam-se os espíritos de Ossë e Uinen, Vassalos de Ulmo e Sauron, Senhor dos Lobisomens, Tenente de Melkor e posteriormente Segundo Senhor do Escuro.

"Tudo tem seu valor, e cada um contribui para o valor dos outros. E entre estes prezo mais as árvores. Embora de crescimento demorado, veloz é sua derrubada.'"
Yavanna
DO QUENTA SILMARILLION 
Conta-se os grandes acontecimentos antes e após o nascimento do Sol e da Lua, grande parte durante a Primeira Era do Mundo em Valinor e Beleriand, o Extremo Oeste da Terra-média, da luta dos Filhos de Ilúvatar contra Morgoth, Senhor do Escuro, em busca da recuperação das Silmarils.

Antes dos homens, primeiro despertaram os elfos, Primogênitos dentre os Filhos de Eru, às margens do lago Cuiviénen. Muitos destes ouviram o Chamado dos Valar, levados ao oeste da Terra-média, atravessando o Grande Mar através do auxílio de Ulmo, Senhor das Águas. Em Valinor, os elfos se dividiram em clãs: os Vanyar, os Teleri e os Noldor. Destes últimos destacou-se Fëanor, aquele que forjou as Três Gemas que decidiriam o destino da Primeira Era. 


Mas Melkor, invejoso e sedento pelo poder das Gemas, junto a Ungoliant, Mãe de Todas as Aranhas, rouba-as e destrói as Duas Árvores de Valinor, consumindo a Luz de Valinor e fugindo com os últimos fragmentos da Antiga Luz contidas nas Silmarils. Constrói sua fortaleza nas Thangorodrim, as Montanhas de Ferro ao norte da Terra-média.

"Aqueles que defendem a autoridade contra a rebelião não devem eles próprios se rebelar.'"
— Ulmo

Os noldor realizam o Juramento que decidiria o rumo de seus atos até a desgraça lhes acarretarem, pois nele acorrentaram-se a vingar sua perda a todo e qualquer custo, mesmo que nisso abandonassem a sabedoria . E assim foi, pois em sua vingança, no final, um a um, mesmo com a bravura de Beren e Lúthien ou a coragem de Túrin, Nargothrond, Doriath e Gondolin, os grandes reinos de Beleriand, caíriam. 

A Primeira Era de Arda encerra-se com o aprisionamento de Melkor, jogado ao Vazio pelos Valar na Guerra da Ira, fora das fronteiras do Eä, o universo físico.

DE AKALLABÊTH
Símbolo de Númenor
Aqui é relatado a Fundação e Queda de Númenor, o Reino dos Homens, e o cerco de Sauron, Segundo Senhor do Escuro, durante a Segunda Era do Mundo..

Após a Guerra da Ira, os Valar concederam aos edain, homens que estavam anteriormente em Beleriand, o poder de governarem numa grande ilha em meio ao Grande Mar. Chamaram-na Númenor. Mas os últimos reis se inquietaram, pois viam as Terras Imortais ao oeste e Sauron perverteu seus pensamentos, agora nublados e cheios de medo da morte. Pois a Morte fora um presente de Eru aos homens, mas eles assim não interpretaram.

E terminou a Segunda Era, após a invasão de numenorianos em Valinor, na qual Ilúvatar alterou as leis do que regiam Eä, o Mundo Físico, e o mundo arredondou-se, tornando o caminho a Valinor intransponível, turvado aos seres mortais.

DOS ANÉIS DO PODER E DA TERCEIRA ERA
A Terceira Era é vista em O Hobbit e O Senhor dos Anéis, mas sua origem permanece nas entrelinhas destas obras. 

Clique aqui para mais detalhes da Terceira Era

Diz-se que após a derrota de Sauron e o sumiço do Um Anel - Gollum! - e dos Espectros do Anel, houve paz por um curto período na Terra-média. Contudo, lentamente o mal ressurgiu na Floresta das Trevas e também em Mordor, espalhando-se pelo Sul e Leste. E os Cavaleiros Negros chegaram ao Condado, devido aos rumores espalhados que um dos hobbits era agora o Portador do Anel.

Ao final, aproximadamente um ano após a Reunião em Valfenda que decidiu os integrantes da comitiva, o Anel é destruído por Frodo Bolseiro e Sam Gamgi, e Aragorn reivindica o trono, tornando-se Rei dos Homens, instalando paz a Terra-média no tempo em que sabiamente governou.

"Quando os sábios tropeçam, a ajuda costuma vir das mãos dos fracos."
— Gandalf


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