Nos últimos anos, um gênero da literatura parece ter retornado fervorosamente, sendo alvo entre os jovens - leitores ou não - do mundo todo. Pois, através da literatura ou do cinema, a distopia vem sendo a fuga (ou a resposta) da alienação que tantos de nós somos constantemente expostos pela mídia. Assim, após o lançamentos de grandes sucessos como Divergente e Jogos Vorazes, e suas respectivas adaptações cinematográficas, com profunda felicidade, observo a retomada desse gênero.
A maioria das distopias tem alguma conexão com o nosso mundo, mas frequentemente se refere a um futuro imaginado ou a um mundo paralelo no qual a distopia foi engendrada pela ação ou falta de ação humana, por um mau comportamento ou por ignorância.
7. Divergente, por Veronica Roth
Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em 5 facções:
Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição e não pertencer a
nenhuma facção é como ser invisível.
Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam
todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que
determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas,
revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às
simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar
com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha
que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá
desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade
supostamente ideal em que vive.
6. O doador de memórias, por Lois Lowry
Em O Doador de Memórias, a premiada autora Lois Lowry
constrói um mundo aparentemente ideal onde não existem dor,
desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado,
também não há amor, desejo ou alegria genuína.
Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida
ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente - o
passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da
mente.
Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis.
Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis.
5. Jogos Vorazes, por Suzane Collins
Ambientado num futuro sombrio, o livro narra uma luta mortal pela
sobrevivência encenada por crianças e transmitida ao vivo para todos os
habitantes de uma nação construída nas ruínas de um lugar anteriormente
conhecido como Estados Unidos. Com este mote surpreendente e uma
narrativa ágil, Jogos Vorazes já foi traduzido para mais de 30 idiomas e vem se tornando um crossover, atraindo leitores de diversas faixas etárias.
4. Laranja Mecânica, por Anthony Burgess
Laranja Mecânica é um romance distópico de Anthony Burgess publicado em 1962. Situado na sociedade inglesa de um futuro próximo, que tem uma cultura de extrema violência juvenil, onde um anti-herói
adolescente dá uma narração em primeira pessoa sobre suas façanhas
violentas e suas experiências com autoridades estaduais que possuem a
intenção de reformá-lo. É parcialmente escrito em uma gíria influenciada pelo russo e inglês, chamada "Nadsat". É uma sátira à sociedade inglesa.
3. Fahrenheit 451, por Ray Bradbury
Farenheit 451, de Ray Bradbury (264 pp., tradução Cid Knipel), é de fato
uma das maiores obras-primas de ficção científica de todos os tempos.
Ou seria, se se tratasse realmente de ficção científica. Fahrenheit 451
é, na verdade, uma obra de ficção política, uma distopia, ou antiutopia,
na linha e na linhagem do 1984 de Orwell e do Admirável mundo novo de
Huxley (com os quais, não por acaso, forma a grande tríade das distopias
literárias do século XX). A presente reedição pelo selo Globo de Bolso,
além do suplemento de leitura didático que marca a coleção, conta ainda
com um posfácio do próprio Bradbury, em que ele narra de forma
bem-humorada as condições em que o livro foi escrito.
2. Admirável Mundo Novo, por Aldous Huxley
Admirável Mundo Novo é um livro escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932 que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas.
A sociedade desse "futuro" criado por Huxley não possui a ética
religiosa e valores morais que regem a sociedade atual. Qualquer dúvida e
insegurança dos cidadãos era dissipada com o consumo da droga sem
efeitos colaterais aparentes chamada "soma". As crianças têm educação
sexual desde os mais tenros anos da vida. O conceito de família também não existe.
1. 1984, por George Orwell
Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive
aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente
dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual
vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa
personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além
de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante
em Oceania não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou
no futuro. O´Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que
"só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa,
nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".
Quando foi publicada em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia datada de forma arbitrária num futuro perigosamente próximo logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; sexo furtivo e libertador; horrores letais - atraíram leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. À parte isso, a escrita translúcida de George Orwell, os personagens fortes, traçados a carvão por um vigoroso desenhista de personalidades, a trama seca e crua e o tom de sátira sombria garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos.
NOTA
Esta foi minha lista, baseada unicamente em minha opinião. Deixe sua lista também no comentários.
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5 melhores livros que li em 2014
Resenha: 1984, por George Orwell
Quando foi publicada em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia datada de forma arbitrária num futuro perigosamente próximo logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; sexo furtivo e libertador; horrores letais - atraíram leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. À parte isso, a escrita translúcida de George Orwell, os personagens fortes, traçados a carvão por um vigoroso desenhista de personalidades, a trama seca e crua e o tom de sátira sombria garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos.
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