12 agosto, 2014

Resenha: A sociedade do anel, de J. R. R. Tolkien

A SOCIEDADE DO ANEL
                                                    por J. R. R. Tolkien

ISBN: 8533613377
Tradução: Lenita Maria Rímoli Esteves
Ano: 2000
Páginas: 434
Editora: Martins Fontes
Pontuação:
A sociedade do Anel é a primeira parte da grande obra de ficção fantástica de J. R. Tolkien, "O Senhor dos anéis". É impossível transmitir ao novo leitor todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica, monstruosa e diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seu detalhes. Nas palavras do romancista Richard Hughes, ´quando à amplitude imaginativa, a obra praticamente não tem paralelos e é quase igualmente notável na sua vividez e na habilidade narrativa, que mantêm o leitor preso página após página´. Tolkien criou em O Senhor dos anéis uma nova mitologia, num mundo inventado que demonstrou possuir um poder de atração atemporal.

Publicado originalmente em julho de 1954 pelo professor britânico John Ronald Reuel Tolkien, A SOCIEDADE DO ANEL, o primeiro volume da trilogia O SENHOR DOS ANÉIS, passa-se alguns anos após os acontecimentos narrados em O Hobbit.

Em 2001, Peter Jackson produziu uma adaptação para os cinemas, estrelado por grandes nomes, como Elijah Wood (Frodo Bolseiro), Ian McKellen (Gandalf, o Cinzento) e Sean Astin (Samwise). Os belos cenários, canções e efeitos visuais alcançaram sucesso mundial, garantindo 4 Óscars: melhor maquiagem, melhores efeitos visuais, melhor fotografia e melhor trilha sonora.

Frodo Bolseiro
Bilbo Bolseiro prepara uma festa muito esperada. Bilbo, Bilbo! Puxa vida! Não o hobbit aventureiro que partiu em uma viagem, junto com a Companhia de Thorin Escudo de Carvalho, à Montanha Solitária para recuperar um tesouro há muito esquecido? Não o camarada que sozinho enganou a fera, Smaug, o Magnífico? Não o ladrão que escapou de Gollum nas raízes das Montanhas Sombrias, carregando consigo seu precioso*? Eu peço desculpas, mas não imaginava que ainda estava na ativa.

Aqueles que leram O Hobbit devem se lembrar dos acontecimentos brevemente narrados acima. Entretanto, esta é uma história nova (não inteiramente nova, como não há de ser em história alguma), procedendo esses acontecimentos

Bilbo - que carregava o fardo do tempo - decide ir passar seus últimos dias ao lado de vales e montanhas, e elfos, e anões!

Deixando sua herança nas mãos do seu primo - considerado por ele sobrinho - Frodo Bolseiro; mal sabia este a carga que estava prestes a carregar.
"Três Anéis para os Reis-Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores-Anões em seus rochosos corredores,
Nove para os Homens Mortais fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam."
A cada minuto as forças sombrias se fortaleciam. Tudo que Sauron, o Senhor do Escuro, precisava para se recuperar era de um pequeno objeto, cujo tamanho era minúsculo se comparado ao poder. Forjado por ele mesmo, o Um Anel, capaz de, entre outras atribuições, conceder a invisibilidade ao seu portador, é a arma mais perigosa da Terra Média.

Gandalf, o Cinzento
Gandalf, o Cinzento, percebendo o que de fato era o anel em posse de Frodo, manda-o para Valfenda, A Última Casa Amiga a Leste do Mar, onde lá, junto ao Conselho de Elrond, decidirão o que fazer.

Assim, Frodo parte em companhia de seu jardineiro fiel, Samwise Gamgi, e do grande amigo Pippin. Entrementes, três não é demais**. Com a ajuda de Merry e Passolargo, fogem de estranhos perseguidores conhecidos como Nazgûl, os Cavaleiros Negros, que a todo custo tentam recuperar o anel para entregar ao Senhor do Escuro.

Após grandes perigos na estrada, finalmente chegam à Valfenda. Ali estabelecem a Sociedade do Anel e rumam para a Montanha da Perdição, onde então poderão destruir o objeto e restaurar a paz na Terra Média.

Há muitos personagens excêntricos presentes na obra que quebram a tensão da trama. Ora Tom Bombadil, ora Cevado Carrapicho, muitos outros também irão fazer com que você abra um sorriso sutil pelo canto da boca. Em alguns momentos, observa-se certas semelhanças entre a obra de Tolkien e alguns jogos de genêro RPG - aqui faço uma ressalva para o meu queridinho The Legend of Zelda: Ocarina of Time.

O poder corrompe a alma. Nem mesmo os sábios têm segurança contra isso.

Gandalf, o Cinzento, quando lhe oferecido o Um Anel, imediatamente recusa à tentação. Galadriel, a Senhora de Lórien, já tendo questionado há tempos sobre um possível encontro com o anel, pensa naquilo como um teste, mas felizmente passa, recusando-se.

Saruman, por sua vez, sucumbe ao poder mesmo sem o anel a uma escolha de distância, como os outros. Seu desejo e fixação pelo Um desvia seu caminho da sabedoria, restando-lhe apenas o conhecimento***.

Recomendado a todos os leitores, a trilogia O senhor dos anéis começa super bem.

NOTAS
*No livro, Gollum chama o Um Anel como sendo seu precioso presente de aniversário.
**Capítulo III, Livro I
***Sabedoria, em minha opinião, difere do conhecimento. Este está apenas no que se sabe, já aquele sobre o que se faz.
 
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