O LOBO DO MAR
por Jack London
ISBN: 9788537811221
Tradução: Daniel Galera
Ano: 2013
Páginas: 368
Editora: Zahar
Pontuação: ★★★★★
Resgatado pela escuna Ghost, o náufrago Humphrey van Weyden logo
descobre que seu pesadelo estava apenas começando: o capitão por quem
foi salvo, Wolf Larsen, em vez de deixá-lo no porto mais próximo o
obriga a integrar a tripulação de seu navio, onde impõe uma estranha
forma de ordem, na qual a violência ganha ares de filosofia e
conhecimento do mundo. No peculiar embate entre os dois homens - entre a
concepção de mundo primitiva do capitão e a civilidade e o moralismo de
seu refém -, Jack London ultrapassa o romance de aventura, fazendo de O lobo do mar uma reflexão sobre o bem e o mal, sobre os determinismos darwinianos da vida e a condição humana.
O LOBO DO MAR foi publicado originalmente em 1904 pelo jornalista, ativista social norte-americano e escritor americano John Griffith Chaney (1876-1916), pelo pseudônimo Jack London. Dentre suas obras mais conhecidas, destacam-se também Chamado selvagem e Antes de Adão.
A HISTÓRIA DE O LOBO DO MAR
A escuna Ghost |
Muito satisfeito com a divisão de trabalho adotada em seu tempo - na qual a cada indivíduo cabia especializar-se em uma área do conhecimento -, mas esperava o crítico literário - pois este era seu ofício - que daquele dia em diante tornar-se-ia "um homem de pernas próprias". Pois o barco colidira e, na confusão e histeria incontrolável entre homens e mulheres, Humphery caíra, naufragando num mar gelado como a morte.
E, por sorte (ou pesar!), a escuna Ghost logo o resgata; mas Hump - como assim passara a ser apelidado -, de náufrago perdido mas livre em meio ao deserto das águas, torna-se um prisioneiro do capitão Wolf Larsen, o Lobo do Mar.
Daqui adiante, a vida de Hump é reformulada: suas memórias e conhecimentos artísticos e estéticos herdadas de seu passado em terra de nada o servem, pois todo o seu conhecimento em afazeres físicos inicia-se apenas aqui, na idade adulta, em meio ao abismo do mar.
"Então por que nos movemos, já que a vida é movimento? Mas, e aí está a questão, queremos viver e nos mover, embora não tenhamos razão nenhuma para isso, pois ocorre que é da natureza da vida viver e se mover. Não fosse por isso, a vida estaria morta.'"
— Wolf Larsen
O NATURALISMO DE LONDON
O homem e o animal. A liberdade e o determinismo. A civilização e natureza. Jack London, o protagonista errante de suas próprias aventuras, segundo inúmeras biografias, desde sua juventude lançava-se aos furtos de ostras, trabalhos em fábricas, buscas pelo ouro no Alasca, viagens escondido em vagões de trens de carga ou em navios.
Suas inúmeras obras, muito populares no início do século XX nos Estados Unidos, são permeadas pela sua filosofia darwiniana.
O meio determina as ações. Aqui, London usa de seus personagens Maud e Wolf Larsen como arquétipos para instigar a reflexão, contextualizando o leitor sobre os conflito - este representado pelo próprio Hump - entre o idealismo e o materialismo - a interiorização e a exteriorização, a humanização e a zoomorficação - para que ele encontre a síntese entre as extremidades: equilíbrio este tão procurado pelos filósofos principalmente desde quando o consumismo assumiu dimensões globais.
Através de uma escrita rápida e instigante, as aventuras de Hump fazem o leitor navegar pelas águas do espírito aventureiro e filosófico.
Suas inúmeras obras, muito populares no início do século XX nos Estados Unidos, são permeadas pela sua filosofia darwiniana.
O meio determina as ações. Aqui, London usa de seus personagens Maud e Wolf Larsen como arquétipos para instigar a reflexão, contextualizando o leitor sobre os conflito - este representado pelo próprio Hump - entre o idealismo e o materialismo - a interiorização e a exteriorização, a humanização e a zoomorficação - para que ele encontre a síntese entre as extremidades: equilíbrio este tão procurado pelos filósofos principalmente desde quando o consumismo assumiu dimensões globais.
Através de uma escrita rápida e instigante, as aventuras de Hump fazem o leitor navegar pelas águas do espírito aventureiro e filosófico.
"Ele nunca filosofou sobre a vida. Não. E ele é mais feliz assim, deixando a vida em paz. Está ocupado demais vivendo a vida para pensar nela. O meu erro foi ter um dia aberto um livro."
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